Mentor do crime foi preso, assim como três dos quatro bandidos que invadiram a casa; outro está foragido
O assalto com reféns e uso de armamento de guerra, ocorrido na manhã de segunda-feira (21) em condomínio de luxo em Ponta Porã, foi planejado pelo colega de academia de uma das vítimas. O mentor foi preso nesta quarta-feira (23), assim como três dos quatro bandidos que invadiram a casa.
O quarto assaltante, identificado como Éder Jaques Miguel, 37, teve a prisão decretada e está sendo procurado por policiais da fronteira. Hoje, a Polícia Civil divulgou a foto dele como “procurado”.
Após renderem a moradora, o filho pequeno dela, a mãe, uma funcionária e o proprietário da casa, que chegou durante o assalto, os quatro bandidos obrigaram as vítimas a transferir R$ 60 mil via Pix e fugiram levando o carro da família, uma SUV importada Range Rover branca, abandonada em seguida em estrada de terra perto do Aeroporto Internacional de Ponta Porã.
Investigação da Polícia Civil revelou que o autor intelectual teria conhecido uma das vítimas na academia. A partir da relação de amizade que se estabeleceu, percebeu que a vítima possivelmente guardava quantias consideráveis em dinheiro em casa. O nome do mentor não foi informado, mas a reportagem apurou se tratar de homem conhecido como “Japonês”.
De posse da informação sobre o dinheiro, “Japonês” planejou o crime e contratou Éder Jaques Miguel, responsável em recrutar os outros três assaltantes presos ontem – Washington Pereira da Silva, André Carvalho da Rocha e Nilson Duarte Miguel. Éder é tio de Nilson.
Ao cumprir os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária decretados pela Justiça, a polícia apreendeu munições, parte do dinheiro roubado, porções de droga e as armas utilizadas no assalto, entre as quais um fuzil Colt calibre 5,56.
Além da prisão temporária, Nilson Duarte Miguel foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. Washington Pereira da Silva foi preso em flagrante por posse ilegal de armas. Já André da Rocha foi autuado por posse de arma de fogo de uso restrito pelo fato de o fuzil ser encontrado na casa dele.
Foragido
Conforme a polícia, o envolvimento de Éder Jaques Miguel ficou comprovado após análise preliminar dos celulares apreendidos durante as buscas de ontem de manhã. A prisão dele foi decretada pela Justiça, mas Éder não foi localizado, sendo considerado foragido.
O dinheiro transferido pelas vítimas mediante ameaças foi dividido entre os cinco envolvidos. As investigações continuam para identificar eventuais outros participantes do crime e para recuperar os valores roubados.