Homem foi detido na tarde desta sexta-feira em Pedro Juan Caballero e revelou onde carro estava
A Polícia Nacional do Paraguai prendeu na tarde desta sexta-feira (4) um suspeito de envolvimento no assassinato do advogado brasileiro Nivaldo de Souza Cordeiro, 64, executado com tiro no olho esquerdo na madrugada de quarta-feira (2) em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS).
Adolfo Damian Laranjeira Martinez, 36, cidadão paraguaio, foi detido durante buscas feitas por investigadores e revelou o local onde estava guardado o carro do advogado, uma BMW x1 branca com placa de Colíder (MT).
De acordo com a polícia paraguaia, Adolfo foi detido durante buscas em uma casa na Rua Cerro León com Yegros. Com ele foi encontrada uma chave da BMW. “O próprio Adolfo Laranjeira revelou onde o carro estava guardado, em outra casa, na Roberto Barboza com Juana de Lara, no Bairro Reyes Católicos”, informou o comissário Hugo Grance, chefe de investigações no departamento de Amambay.
O policial informou que existem indícios da participação de Adolfo Laranjeira na execução, mas não quis adiantar detalhes. Segundo ele, as investigações vão apontar os autores intelectuais e materiais do crime.
Execução
O corpo de Nivaldo Cordeiro foi encontrado por volta de 10h30 de quarta em um terreno baldio no Bairro General Genes. À noite, após necropsia feita por médico legista do Paraguai, foi levado pela família para Pinhais, cidade na região metropolitana de Curitiba, onde Nivaldo mantinha endereço.
A principal suspeita é de latrocínio (roubo seguido de morte). O advogado estaria na fronteira negociando a compra de uma casa em Pedro Juan Caballero.
Investigadores da Polícia Nacional tiveram acesso a imagens de câmeras de monitoramento mostrando a BMW chegando e saindo do local onde o corpo foi encontrado, o que ajudou na localização do suspeito que estava com o veículo.
O advogado foi morto com um único tiro, disparado de curta distância. O projétil atingiu o olho esquerdo da vítima e atravessou na cabeça. O reconhecimento do corpo foi feito pela filha de Nivaldo através de foto. Ele respondia a processo por estupro do Paraná, chegou a ter a prisão decretada pela Justiça, mas o mandado tinha sido revogado.