Em menos de um dia, policiais da PMR (Polícia Militar Rodoviária) voltaram a se deparar com uma mesma prática ilegal em Nova Andradina: o transporte de perfumes estrangeiros sem comprovação de importação e com uso indevido de nota fiscal para tentar dar aparência de regularidade à carga.
A primeira situação ocorreu durante fiscalização em um ônibus que fazia o itinerário Dourados - São Paulo. Ao verificar o compartimento de bagagens, a equipe identificou seis caixas com peso acima do esperado. A nota de despacho apresentada pelo motorista informava apenas quatro unidades de desodorante — algo totalmente incompatível com o volume dos pacotes.
A suspeita se confirmou quando um dos volumes foi aberto: dezenas de frascos de perfume de diversas marcas, todos de origem estrangeira e sem qualquer documentação que comprovasse entrada legal no país.
Outra apreensão
Menos de 24 horas depois, ainda em Nova Andradina, outra apreensão chamou a atenção dos policiais. Desta vez, em um caminhão de frete que seguia de Dourados para Bataguassu. O veículo transportava oito caixas destinadas à mesma pessoa envolvida na apreensão do dia anterior.
Quando a equipe solicitou a documentação da carga, descobriu que a mesma nota fiscal já utilizada no primeiro flagrante estava sendo reapresentada — um indício claro de tentativa de burlar a fiscalização.
Ao abrir um dos pacotes, novamente foram encontrados centenas de perfumes importados irregularmente. A Polícia Federal foi acionada nas duas ocorrências e orientou pelo encaminhamento das mercadorias à Receita Federal. Juntas, as apreensões representam um prejuízo estimado de R$ 52 mil ao crime.
Os casos reforçam o papel das fiscalizações rodoviárias e a importância de atenção redobrada ao transporte de mercadorias — especialmente quando há repetição de documentos ou discrepância entre o declarado e o transportado. Para a polícia, a reincidência em tão pouco tempo evidencia que grupos especializados seguem tentando utilizar as rodovias estaduais para driblar o controle aduaneiro.